Pergunta Simples
Um podcast sobre comunicação. Assinado por Jorge Correia Tudo começa com uma pergunta simples. As respostas é que podem ser mais difíceis. https://perguntasimples.com/
Episodes
Tuesday Dec 21, 2021
Rita Marrafa de Carvalho | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Dec 21, 2021
Tuesday Dec 21, 2021
Crime, disse ela.
Crimes, reportou ela
Crimes mediáticos, chocantes, surpreendentes, brutais, violentos, planeados ou simplesmente aconteceram.
Toda esta edição é sobre a natureza humana na sua forma mais negra, mais dramática, mais sanguinária.
O crimes, como qualquer acontecimento radical da vida humana dão grandes histórias na imprensa.
No fundo, cumprem desde logo todos os critérios editoriais que fazem de uma notícia, noticia.
Em particular os crimes que nos aconteceram. À porta de casa. Em Portugal ou envolvendo portugueses.
Mas a notícia do crime tem dois condimentos insuperáveis na narrativa jornalista: a emoção e a interrogação permanente.
Quem matou?
Quem morreu?
Porque matou?
Onde, quando, para quê?
Além das perguntas formais sobra a raiva ou a compaixão.
E tantas vezes o mistério.
Nunca sabemos ou saberemos tudo.
Rita Marrafa de Carvalho, jornalista da RTP fez uma série de reportagens e agora um livro que revista os crimes que mais impacto tiveram nos últimos anos em Portugal.
Momento para a minha interrogação primária: porque nos fascina a todos o crime?
Os mistérios da morte, da violência e da natureza humana vão sempre deixar-nos perguntas por responder.
Mas todas as histórias que ouvimos são de tal maneira avassaladoras que é impossível ficar indiferente.
Talvez o instinto de matar e o de viver estejam sempre numa luta feroz.
E a vontade de contar como somos e o que fizemos seja o instinto da comunicação em todo o seu esplendor.
Seja no olhar das testemunhas. No silêncio dos culpados ou na curiosidade dos que espreitam pelo buraco da fechadura.
Tuesday Dec 14, 2021
Carlos Manuel de Oliveira | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Dec 14, 2021
Tuesday Dec 14, 2021
Quantas vezes já se matou o ‘marketing’?
E quantas vezes o marketing ressuscitou?
O marketing moderno oferece sempre como música de fundo que a pessoa está no centro.
Estou desconfiado que esse centro é apenas retórico e, no fundo, no fundo, o que está no centro é a influência sobre o momento em que o consumidor decide comprar.
Não sei se vos acontece o mesmo: mas quando sou vítima de estratégias de ‘marketing’ agressivo ou invasivo tendo a rejeitar qualquer produto que me tentaram impingir à força.
No fundo, fico com uma motivação gigantesca de contrariar o planeta inteiro. Em particular a marca que quis com toda a força entrar na minha vontade.
Ora o atual ‘marketing’ dito digital veio oferecer boas ferramentas para ajudar a encontrar o produto certo para o cliente certo.
Mas também veio criar um monstro de aborrecimento. Que Pode ter várias formas. As incontáveis chamadas de centros de contacto que começam por fingir estar muito interessadas no nosso pensamento ou sentimento para rapidamente anunciar que a chamada vai ser gravada como prova de transação comercial.
E eu fico de cabelos em pé.
Talvez por isso fui à procura de Carlos Manuel Oliveira
Que descreve o seu olhar sobre o futuro do
‘Marketing’ Pós-Digital.
Com uma frase que faz toda a diferença
“O ‘marketing’ à medida do ser humano”
O ‘marketing’ utópico citado por Carlos Manuel de Oliveira pode afinal ser um verdadeiro ovo de Colombo.
Será o caminho do propósito e do fazer o bem que mais venderá do que propriamente o vender muito e em massa.
E como sabemos em qualquer boa história, a utopia, o sonho maior, faz andar para a frente.
Mesmo que o sonho demore tempo, ou seja, imperfeito ou impossível já se andou.
Tuesday Dec 07, 2021
Sena Santos | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Dec 07, 2021
Tuesday Dec 07, 2021
Contar as notícias de forma rigorosa, ritmada e direta.
Com ele aprendi a fazer títulos de 7 palavras.
E a contar histórias complexas em 50 segundos.
O que define um Mestre?
Provavelmente a marca que perdura nos seus discípulos.
As manhãs da telefonia eram sempre trepidantes.
No ar das 7 as 10.
Acordados desde as 4 e pico da manhã.
Reunião de equipa às 5h.
Com cheiro e sabor de café fresco.
E depois 10 pessoas lançavam-se no desafio de contar Portugal e o Mundo nos noticiários da Antena 1.
Sena Santos assumia a liderança da equipa.
Escolhia as notícias. O que se conta e o que já não cabe.
Distribuía tarefas. Rápido. Tudo rápido.
Mas tantas vezes aceitava sugestões, ângulos, ideias loucas.
Tudo resumido a uma frase: conta-me a tua história.
E tínhamos uns 10 segundos para fixar o valor do que tínhamos para “vender” em antena. Vender é convencer o editor que o que temos merece ser contado no noticiário.
Por estes tempos aprendi muito sobre a arte da pergunta.
Sobre como ser eternamente um aprendiz.
Sobre o olhar do repórter enquanto testemunha profissional.
A honestidade. O rigor ambicionado. O equilíbrio entre pontos de vista. O contraditório. E a simplificação quase absurda de realidades complexas.
Ou sobre como ter coragem, lata ou até inconsciência de acordar poderosos às 6 da manhã. Tantas vezes com notícias difíceis.
E há pessoas com péssimo acordar.
Fixámos, nesta conversa, um olhar atual sobre o nosso mundo.
De olhos postos no relógio.
Afinal tudo começa com o sinal horário.
E esse sinal, repetido cinco vezes, cinco traços de som marcados pelo relógio preto com pontos vermelhos. O sinal horário. O sinal do tempo.
Tuesday Nov 30, 2021
Ana Isabel Pedroso | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Nov 30, 2021
Tuesday Nov 30, 2021
O programa de hoje é sobre o medo.O sobre a superação do medo.E vem mesmo a calhar.Logo agora que já nos tínhamos quase esquecido da pandemia e o vírus decidiu mudar de máscara.O SARS-COV₂ tem agora a figura da variante Omicron.As variantes dos vírus são mudanças mais ou menos importantes em particular na capa destes organismos.E, porque nos interessa o tema?Porque o nosso sistema imunitário aprende a defender-se reconhecendo os vírus como ameaças.Aliás, as vacinas são exatamente formas de treinar o nosso sistema imunitário para as verdadeiras ameaças. Se o vírus muda de forma, muitas perguntas ficam no ar:É mais agressivo?As vacinas funcionam?Transmite-se mais?
O que sabemos à hora que gravo este programa é que o Omicron mudou 50 zonas do virus conhecido. E 10 dessas mudanças são naquela espécie de coroa de espinhos que ele usa para nos infetar.Dentro de uma unidade de cuidados intensivos, ou numa ambulância rápida do INEM a médica Ana Isabel Pedroso confronta-se diariamente com a fina linha que separa a vida da morte.E decidiu escrever o livro “Para além do medo”, que retrata muita da sua experiência na luta corpo a corpo contra a COVID-19Nestes tempos em voltamos a ver os números a subir. Cá e na Europa.A quinta vaga já não é um medo.É uma realidade.Uma conversa para ouvir com medo ou coragem
Tuesday Nov 23, 2021
Beatriz Casais | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Nov 23, 2021
Tuesday Nov 23, 2021
Hoje é dia de falar de ‘marketing’ social
Há várias maneiras de convencer as pessoas a fazerem determinadas coisas.
Podemos usar estímulos positivos ou negativos.
E a comunicação é a ferramenta usada para criar muitos desses estímulos.
Há de resto uma disciplina do ‘marketing’ que se dedica a estudar e desenvolver estratégias para aplicar no ambiente social.
Este ‘marketing’ social, ao contrário do chamado ‘marketing’ comercial, quer que os cidadãos tomem decisões que os beneficiam a si ou à comunidade.
No fundo, e ao invés de estimular a compra de bens e serviços o marketing social pode ajudar em temas como os da proteção da saúde ou aumento do bem-estar.
Nestes tempos todos já fomos expostos ao medo para modelar o nosso comportamento. Mas também à sensação de estar a contribuir para a proteção dos outros usando uma simples máscara.
A convidada desta semana é Beatriz Casais, professora de ‘marketing’ na Escola de Economia e gestão da universidade do Minho.
Olhando para os números da COVID-19 e para o calendário antecipo que os ‘marketings’ comerciais, sociais e da saúde pública se vão conjugar fortemente.
Tuesday Nov 16, 2021
Francisco Ferreira | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Nov 16, 2021
Tuesday Nov 16, 2021
Se parássemos um bocadinho para pensar, um bocadinho somente, ficaríamos em pânico.
Não quero assustar-vos. Se calhar até dava jeito.
Mas caminhamos a passos largos para fim da vida na Terra.
Esta edição é sobre a surdez humana e insensibilidade radical à mais que certa transformação do planeta num forno.
As mensagens ambientais não são eficazes.
Os cientistas avisam e mostram provas.
Os ativistas fartam-se de gritar ‘slogans’.
E nós, nada.
É um mistério.
Saber que a extinção da vida na Terra num prazo mais ou menos curto nada preocupa os seus habitantes.
Sim, isto está mais quente, há plásticos a boiar em todo o lado e só não estacionamos o carro ao lado da cama porque não conseguimos.
Todos reclamamos que a gasolina está cara demais e todos assobiamos para o lado quando conduzimos a poluir.
Todos suspeitamos que a carne em excesso nos faz mal à saúde e faz mal ao ambiente.
Todos consumimos muitas vezes mais do que o necessário para ter uma vida confortável.
E o planeta paga a sobrecarga. Esgota-se. Suja-se.
Mas fingimos nem saber.
Que paradoxo é afinal este?
Em semana de cimeira do Clima, em Glasgow, converso com Francisco Ferreira, ambientalista a associação Zero, e arauto dos tempos que aí vem.
Gravamos há um par de dias, ele estava em plena cimeira, na esperança de tentar travar a marcha dos acontecimentos.
E a única certeza que sai desta cimeira é a incerteza.
Tuesday Nov 09, 2021
Rosa Azevedo | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Nov 09, 2021
Tuesday Nov 09, 2021
Como descobrir um grande livro para ler?
Ler um bom livro é um dos maiores prazeres que qualquer leitor tem.
Procurar e encontrar o próximo livro pode ser em simultâneo, fascinante ou ansioso.
Como descobrimos um grande livro na imensidão quase infinita de todos os livros que se escreveram?
Mesmo no grupo dos livros mais clássicos ou populares como descobrimos o que se encaixe no nosso gosto ou necessidade de leitura atual?
Quando me assaltam estas dúvidas vou em busca de pessoas como a Rosa Azevedo.
Ela ensina a procurar bons livros, oferece menus inteiros de boas leituras e treina-nos a encontrar o que intuímos precisar de ler.
Rosa Azevedo tem uma livraria gourmet. Explico-me. Na Livraria Snob estão autores e publicações que escapam ao circuito dos livros mais vendidos.
São livros que se encontram habitualmente nas pequenas livrarias independentes.
Mas nada isso muda a pergunta inicial: como se escolhe um bom livro para ler?
Tuesday Nov 02, 2021
Ivone Patrao | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Nov 02, 2021
Tuesday Nov 02, 2021
Dia 4 de outubro de 202.A ‘internet’ veio abaixo.Talvez esteja a exagerar.As redes sociais vieram abaixo.Talvez ainda haja algum exagero nisto.Vamos aos factos: no dia 4 de outubro o Facebook, o Instagram, o Messenger e o WhatsApp foram abaixo.Tudo ficou em suspenso por 6 horas.Um apagão geral nestas 4 redes do universo de Zuckerberg.E uma estranha sensação de orfandade entre os mais frenéticos e viciados utilizadores destas redes sociais.
Descobrimos de súbito que as redes sociais já são mais que uma coisa divertida. Já são parte de nós. Para o bem e para o mal.
Já fazem parte da nossa vida.São poderosos meios de comunicação, informação e entretimento. Esta conversa, por exemplo, foi precisamente iniciada por WhatsApp. Para convidar Ivone Patrão e termos uma conversa sobre estas coisas das redes e da nossa dependência psicológica.Ivone Patrão é psicóloga clínica, professora do ISPA e tem um curioso projeto de investigação chamado Geração Cordão.Entre outros projetos e linhas de investigação procura compreender o efeito da ‘internet’ nas mentes das crianças e jovens.
No dia do apagão tirou umas horas para descanso e leitura. Por isso nem deu conta em tempo real que alguém desligara o interruptor das mais populares redes sociais.
Tuesday Oct 26, 2021
António Mocho | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Oct 26, 2021
Tuesday Oct 26, 2021
Conter uma crise é das coisas mais difíceis de fazer.Há todo um campo de estudos sobre isso na comunicação.Damos-lhe genericamente o nome de comunicação de crise.
Quando uma organização, instituição ou pessoa sofre os efeitos de um acidente, ou incidente, com potencial para afetar a sua reputação há ativar o plano de crise.
Esse plano de crise tem normalmente dois braços. E ambos são críticos para sobreviver.
São simultâneos, interligam-se, mas não são a mesma coisa.
O primeiro dos braços é o que tem de resolver a crise. Reduzir impactos, resolver problemas, mitigar efeitos. No fundo, resolver o problema causado pelo incidente
O segundo é o da comunicação. Como explicar o que aconteceu de forma clara, transparente e equilibrada.
E a defesa da boa reputação depende da forma como se conseguir fazer estas duas coisas: resolver o problema e comunicar no contexto com públicos tão diferentes com os diretamente afetados, os jornalistas ou o governo.
Nesta edição conversamos com António Mocho.Ele viveu, pensou e trabalhou em organizações que passaram por crises mais ou menos graves
E recolhe essas reflexões e experiências pessoais no livro“Crise nas Empresas Comunicação com os Media - Guia para Emergências e Catástrofes”.
Nele encontrei dicas e pistas para organizar a resposta a uma potencial crise muito antes dela bater à porta.
Tuesday Oct 19, 2021
Isa Alves | Comunicar Melhor | Pergunta Simples
Tuesday Oct 19, 2021
Tuesday Oct 19, 2021
Várias pessoas com quem trabalhei ao logo da minha carreira que precisavam de ajuda para comunicar pediam uma de duas coisas: Ou pediam uma receita, uma fórmula para comunicar bem, ou então eram ainda mais pragmáticos e económicos: “Faz-me aí umas mensagens”
Como é fácil perceber estes pedidos assim expressos nunca podem transformar alguém num bom comunicador.
Porque o processo de comunicação não é simplesmente uma técnica, uma caixa de ferramentas, para poder pegar e usar.
A principal ferramenta de comunicação somos nós próprios.Não só no que dizemos e como dizemos, mas principalmente no que sentimos e acreditamos. Os nossos valores, a nossa missão de vida. E só depois vem os nossos objetivos e a forma de dizer o que queremos.
Isso implica uma entrega pessoal e intransmissível.Ninguém nos vai fazer um fato ou vestido à nossa medida.Nós somos os alfaiates da nossa forma de comunicar.
É preciso descobrir dentro de nós quem somos, o que nos motiva e finalmente como o dizemos aos outros.
E isso aplica-se em todo o tipo de comunicação: Da interpessoal à de massas, da familiar à empresarial.
No fundo, todos queremos ser entendidos e depois reconhecidos.
Nesta edição converso com uma amiga de longa data.
Isa Alves, é uma comunicadora e apoiou múltiplas organizações e lideres a construir as suas narrativas.A contar a sua história.
Nos últimos tempos dedicou-se a desenvolver um método de treino e desenvolvimento pessoal.E tal e qual um treinador trabalha pessoalmente com cada um para desenvolver várias competências críticas para bem comunicar.
Fiquem com estas duas palavras: empatia e assertividade.Os dois ingredientes do segredo do método. Afinal qual é segredo?

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